terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ainda a Homenagem em São João...

PADRE CINCO VEZES DEZ

No chamado, a estrada desde muito traçada.

Permita-me aqui adaptar:
E um dia, no Verde Vale remanso bendito, onde cultivaste o nobre ideal em que sonhavas o sonho infinito de beleza e de glória imortal.
Na bela Azambuja que fala de história, ressurge aurora tomada de glória.
Texto teu:


Das janelas das torres as bocas cantantes dos sinos se juntam aos hinos.
Silentes estátuas comungam as formas dos ritos sacrais. E mais:
Nenhuma sabia dizer, nem falar se atrevia, de outro anseio contido no peito, no fundo da mente, latente, sutil, de outra espécie, Brasil.

Avoluma-se o instante solene como onda que cresce.
E no aperto de um laço, a voz urge o passo e estremece: - ADSUM.

Ousas tanto, como um pássaro mal emplumado na embriagues da vida...
Ou serás uma seta perdida do arco de quem te lançou?
Pois que assim te apresentas e tentas deixares os teus, cairás.
E teu solo como um colo, acharás.

Estirado ao comprido, traduzido, dou-te o chão, em perdão.
As sandálias dos pés... Nada tens, nada és... Sou teu Deus, tu és meu.

Nada sabes do espinho e da rosa...Sou quem tosa.
Quem te diz que destruas, arranques, destruas e plantes.

E do ventre regado do povo saiu um renovo.
Como nova era a pedra atirada no arremesso do jovem pastor escolhido entre tantos irmãos.

Vislumbrando o rebanho marcado balbuciates: - Mal e mal sei falar...
E escutaste: - Não foste tu que escolheste e sim, Eu... Toma conta dos meus.

Mas não basta, a quem chama, e não sacia, a quem ama um amor que não seja total:
- Eis a chaga da cruz peitoral aberta ao rebanho...
E agora no tempo, teu traço, teu peso e espaço, Eu Quem faço... é sacral.

Conta bem:

- Do lado da terra cinqüenta medidas contidas;
- Do lado dos céus, preenchidas cinqüenta medidas;
- Na balança dos homens são cinco de dez;
- No amor de Deus, muito mais: - SACERDOTE TU ÉS.

Estreito, abril de 1988 – Jubileu de Ouro de Ordenação Sacerdotal de D. Afonso Niehues. Então Homenagem de Padre Edgard o qual deixou D. Afonso corado após beijar-lhe o rosto, mesmo gesto que eu farei agora.

Termino aqui! Obrigado Padre Edgard por tão fecundo sacerdócio entre nós!