Reverendíssimo Senhor Padre José Edgard Oliveira, ou caso queiram...Padre Edgard...ou para muitos...Padre Ed!
Longe vai a data de 07 de dezembro de 1958! Longe vai o dia em que a Igreja Católica e nós da Arquidiocese de Florianópolis ganhávamos mais um presbítero; mais um fiel dispensador dos dons celestes; mais um pastor de almas, porém não somente mais um...
De lá para cá, se contar dia após dia e sabedor que um Padre dia a dia celebra a Eucaristia foram aproximadamente 18.250 as vezes que pronunciaste as palavras da Consagração Eucarística. O Santo Sacrifício de Jesus aos irmãos foi através de ti renovado 18.250 vezes... Com certeza bem mais!
Quantos foram os dias em que duas ou até mesmo três celebrações foram oficiadas! E daí brotaram muitos dons...Não só os dons espirituais frutos da graça de Deus em ti e por ti derramadas, mas dons de amor.
Se o número de celebrações impressiona, impressiona bem mais o número de manifestações de amor e carinho recebidas ao longo deste ano jubilar...Quantos “ O senhor se lembra de mim?” Eu sou alguém do grupo tal do ano de 19 e tanto. Eu sou alguém de um grupo de jovens, dos escoteiros, das equipes de Nossa Senhora...dos Maristas... Somos um casal que o senhor celebrou o matrimônio há tantos anos...Eu fui batizado pelo senhor”...e por ai vai...
Diante desse painel que apresentei, permito-me dirigir-te estas palavras de homenagem, as quais brotam de um coração sincero que, igualmente há tantos que cruzaram teu sacerdócio, no ano de 1993 passou pela tua vida e desde então vem passando em muitos momentos.
Com este tempo de caminhada e em conversas contigo e ouvindo a opinião do povo aprendi que não és só mais um padre querido amigo, e que não é possível a ninguém ficar indiferente a ti, à tua presença, à tuas celebrações.
Sabes bem meu bom homem que muitos espinhos atravessaram o teu sacerdócio. Quanta incompreensão ao teu modo de celebrar! De chamar as pessoas, de corrigi-las em alguns momentos! De querer saber quem está proclamando a leitura, quem é o comentarista! “És filho de quem, quem é tua família?” Perguntas que arrepiam quem não está acostumado a ti e até a quem está, pois não espera tal intervenção para o momento!
É teu modo de celebrar. De fazer-nos todos iguais na celebração. De exercer a tua missão a qual tens em plena consciência qual é, pois que certa vez disseste numa celebração em que eu estava... Eu sou Padre também para ensinar... E quanto nos ensinas! E com quanta sabedoria, aliás... Que sabedoria! Sabedoria nem sempre compreendida por nós, mas admirada por muitos como já tive a oportunidade de inúmeras vezes contemplar e conversar com pessoas maravilhadas após ouvirem um pronunciamento teu.
Neste dia Padre Edgard, uno-me a todos quantos foram agraciados pela tua amizade carinho e preocupação para lembrar-te que onde há espinhos há possibilidade de ter rosas e tinham... E quantas rosas vieram a ti não só hoje, mas durante toda tua vida sacerdotal!
Conheço uma música sobre Santa Terezinha que diz: Uma chuva de rosas mandarei sobre a terra. Rosas de amor, do meu Senhor. Flores do Coração! E quantas rosas hoje colhes!
Muitas rosas ao longo do teu ministério sacerdotal e de tua vida distribuístes através de teus gestos e palavras a muitas pessoas, eu incluso e talvez nem te lembres, mas usando da sabedoria que Deus deu a ti, certa vez homenageaste pela passagem de 50 anos de sacerdócio a uma pessoa muito especial e querida em nosso meio. D. Afonso Niehues, e o fizeste através de uma poesia que quis a Divina Providência, chegasse às minhas mãos e que utilizarei agora com tríplice finalidade: Revelar-te a surpresa que disse ter guardada para ti, encerrar este momento de homenagem e partilhar com todos aqui presentes mais algumas gotas do teu conhecimento.
Aviso-te que mudei uma e outra palavra devido ao local de ordenação, mas o texto em 98% encontra-se integro ao que escreveste.